por Maressah Sampaio
Muitas vezes tida como a grande vilã que promove a chamada “exclusão digital”, a internet é, se analisada comparativamente às outras mídias, um instrumento revolucionário. E revolução no sentido clássico, no de grande mudança social, para melhor. Sem o advento do world wide web, a palavra “democracia” ainda não teria encontrado sentido amplo.
Muitas vezes tida como a grande vilã que promove a chamada “exclusão digital”, a internet é, se analisada comparativamente às outras mídias, um instrumento revolucionário. E revolução no sentido clássico, no de grande mudança social, para melhor. Sem o advento do world wide web, a palavra “democracia” ainda não teria encontrado sentido amplo.
Além de ser o ponto de convergência entre todas as outras modalidades de comunicação, e daí vem o termo multimídia, a Web reúne quatro funções muito bem demarcadas, que a diferenciam de qualquer outro meio. São elas: transmissão de dados (numa velocidade impossível de ser alcançada por qualquer outro meio); ferramenta de trabalho (uma pessoa tem acesso à bancos de dados do mundo inteiro, estando em qualquer lugar); memória (cronologicamente, tem-se acesso a qualquer assunto, divididos por tema, nome, área de conhecimento, etc); e mídia (através de blogs jornalísticos, versões de jornais online, newsletters, portais, etc). A novidade não está nas características olhadas de forma isolada, mas na convergência delas todas através da Web.
Voltando à questão da exclusão que a rede (e a tecnologia, como um tudo) supostamente causa, trata-se de um engodo. Usa-se o argumento de que o mercado de trabalho refuta quem não tem conhecimentos mínimos para operar alguns softwares básicos, e a afirmação até é correta. Mas o que causa a exclusão nada tem a ver com computador e ciberespaço. Quem não sabe ler está excluído, e a culpa não é dos livros. Se há réus, estes são o capitalismo e os seus gestores, responsáveis pela disparidade de condições que torna os potencialmente iguais em diferentes, apenas pela falta de oportunidade sofrida por alguns (muitos). A internet existe há dez anos, já a desigualdade parece ser atemporal.
* Síntese do texto "A Revolução antiindustrial da internet", de Bernardo Kucinski
Um comentário:
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